O profissional de RH tem o que celebrar neste 20 de maio – Dia Mundial do Profissional de Recursos Humanos. Dados recentes da Cajuína, frente de inteligência da Caju (empresa de tecnologia especializada em multissoluções para a gestão de RHs), em parceria com a Opinion Box, revelam a crescente valorização da área de RH dentro das organizações brasileiras. Apenas 5% dos trabalhadores afirmam que suas empresas não contam com uma área dedicada ao setor, um indicativo de como a presença do RH se tornou essencial no ambiente corporativo.
Além da ampla presença, a percepção sobre a atuação do RH também é positiva, embora haja muito espaço para os números melhorarem. 54% dos colaboradores consideram o RH confiável; 53% dizem que o RH da empresa os ajuda muito; e 53% acreditam que a área dedicada se preocupa com o desenvolvimento de suas carreiras. O levantamento contou com a participação de 1.003 trabalhadores de empresas com mais de 100 funcionários, abrangendo diferentes modelos de trabalho – presencial, híbrido e remoto.
“Os números refletem um momento especial do mercado, em que o RH vai além das funções operacionais e se firma como um parceiro estratégico no crescimento dos colaboradores e das empresas”, destaca Luiza Terpins, editora-chefe da Cajuína.
Na execução das tarefas do dia a dia, a pesquisa revela que 41% dos entrevistados classificam o RH em suas empresas como ágil, e 35% dizem que o RH da empresa sabe treinar as lideranças. O ponto de atenção fica para os processos: 47% acham o RH da empresa burocrático.
Pesquisa de clima: o profissional de RH cada vez mais próximo das pessoas
Cultivar uma cultura organizacional capaz de motivar os funcionários pode ser um desafio para as empresas. Especialmente naquelas compostas por áreas diversas, com profissionais de atuações tão plurais. Para que o RH possa ter uma relação ainda mais próxima das pessoas, além de ter mais assertividade na tomada de decisões – ao lado de líderes e gestores – que impactarão a rotina dos colaboradores, Roberta Silvestre (capa), diretora de RH da Tetra Pak Brasil, aponta uma ferramenta como crucial para o processo: pesquisa de clima.
“Ao longo dos anos, percebemos que fazer com que os funcionários se sintam pertencentes ao local de trabalho é essencial. E, para isso, é importante praticar a escuta ativa. Uma forma que encontramos aqui para isso foi a aplicação de pesquisas de clima, que já fazem parte de nossa rotina há vários anos”, diz.
Para realizar pesquisas de clima que realmente possam impulsionar ações, a especialista compartilha algumas dicas:
1 – As pesquisas de clima são a voz dos funcionários
Ter um canal de comunicação em que todos possam endereçar suas insatisfações e seus desejos de melhoria cria um espaço de fala para os funcionários, que podem trazer insights importantes para a gestão da empresa. Mudanças no dia a dia, novas ações que façam sentido para os funcionários ou mesmo ampliação do que já existe e funciona. Essa é uma oportunidade de entender, a partir da visão dos funcionários, no que as organizações podem focar.
Possuir um canal de diálogo facilita correção de rota quando necessário ou simplesmente soluções que a gestão, muitas vezes, não tinha mapeadas. Em um ambiente como o da indústria, por exemplo, em que frequentemente quem está na fábrica tem uma realidade completamente diferente das áreas administrativas, isso é valioso.
2 – É nesse momento que a empresa recebe o feedback mais honesto dos trabalhadores
Ao garantir que os funcionários possam trazer suas impressões de forma anônima, eles se sentem seguros para falar, o que pode não ocorrer em outros formatos de resposta. Aqui, destaca-se a importância de fazer isso sem uma identificação, de modo a oferecer segurança no processo e dar liberdade para trazerem percepções da empresa, dos colegas e do próprio trabalho. Essa possibilidade pode trazer temas pouco abordados em outras formas de comunicação, mas que são de igual importância.
Ao proporcionar um ambiente acolhedor, quando se ouve dos próprios funcionários as suas reais necessidades, isso se traduz em proporcionar-lhes acolhimento e, consequentemente, satisfação no trabalho. “Isso vai ao encontro de nossa atuação aqui na Tetra Pak para criar um ambiente em que cada pessoa é incentivada a protagonizar constantemente inovações nos nossos processos, com autonomia para transformar e gerar mudanças.” comenta Roberta.
3 – Para a empresa, há muitos ganhos
Com essas pesquisas, é possível coletar dados, traçar cenários e compreender pontos específicos sob perspectivas diferentes, como a de determinados grupos, setores e áreas de atuação, faixas etárias etc.
Para o RH e a gestão, ter esses recortes para traçar uma realidade contextualizada, em que se entende o ponto de vista de funcionários dos mais diversos perfis, é extremamente relevante. É assimilando a fundo as necessidades deles que a empresa tem capacidade de transformar e prover um ambiente onde se sentem acolhidos e compreendidos. Sem contar que, entendendo certas demandas, é possível entregar benefícios que façam sentido no dia a dia e engajem genuinamente.
4 – Com os resultados, é possível avaliar diversos temas importantes para a empresa
As respostas das pesquisas de clima podem trazer dados importantes sobre colaboração entre as equipes, engajamento, bem-estar, desenvolvimento de carreira, liderança etc. Para trazer um exemplo, a última pesquisa de Engajamento dos Colaboradores da Tetra Pak apontou para um alto nível de engajamento em aspectos como benefícios, equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, ambiente de trabalho, senso de pertencimento e imagem positiva em relação às práticas ambientais.
“Isso nos mostra que estamos na direção certa e em linha com nossa missão de proteger o que é bom: os alimentos, as pessoas e o planeta”, finaliza Roberta Silvestre.