Etarismo, no dicionário, significa: discriminação ou preconceito em razão da idade, nomeadamente aversão a pessoas mais velhas ou à própria velhice; ageísmo, idadismo. No mundo corporativo atual, quando o profissional tem mais de 50 anos, é comum que as velas no bolo de aniversário sejam um fator cada vez mais limitador para alcançar novas oportunidades.
O ponto acima faz parte do estudo desenvolvido pela Croma Consultoria, intitulado “Gerações”, no qual 39% dos respondentes com 59 anos ou mais se veem empreendendo no país – não com a missão de se tornar um unicórnio, mas para obter renda e conseguir manter um padrão de vida estável.
Quando conseguem uma oportunidade de emprego, 53% declaram que preferem o modelo de trabalho híbrido, já que sempre trabalharam de forma presencial e foi assim que se acostumaram por longos períodos. Um em cada quatro Baby Boomers se vê em risco no mercado de trabalho, gerando insegurança e em alguns casos até malefícios à saúde física e mental.
Edmar Bulla, fundador do Grupo Croma e idealizador do estudo, afirma que muitos se consideram em real risco financeiro e por este motivo decidem empreender. Os profissionais com mais anos de trajetória mostram-se abertos às inovações, procurando aumentar a sua familiaridade com tecnologia e inteligência artificial. “Grande parte da Geração Baby Boomer (59 anos ou +) já não trabalha mais, mas, ainda assim, diz estar confiante com as novas tecnologias no ambiente de trabalho. Preferem o modelo híbrido e muitos se consideram em risco no mercado”.
8 em cada 10 profissionais desta geração se sentem confortáveis quando o assunto é a familiaridade com tecnologias digitais no trabalho e 70% se sentem confiantes no preparo para o uso de tecnologias. Uma das tendências mais importantes do estudo em relação a essa geração é que a vida profissional tende a se prolongar, mesmo após a aposentadoria.
O estudo também destaca que quase 1 em cada 2 brasileiros apenas trabalha atualmente, sendo que, entre a geração Z, esse número cai para 31% que apenas trabalham e não estudam. No outro extremo, Baby Boomers formam a maioria dos que não estudam nem trabalham, apesar de serem também destaque, mesmo que em menor percentual, entre os que trabalham e estudam.
Isto aponta para oportunidades de empregabilidade para as pessoas mais experientes e de acesso e oferta de educação para os que estão principalmente na Geração Z. “O fato de Baby Boomers se destacarem em relação aos mais jovens em assuntos ligados a lazer e entretenimento, mobilidade e transporte e cultura, também evidencia a escassez da oferta de soluções ou inovações suficientemente boas para uma sociedade que envelhece”, explica Bulla.