Observo, cada vez mais, o aumento da desmotivação no dia a dia das pessoas. Diversas pesquisas confirmam essa tendência, mostrando que, em muitos ambientes, a chama da motivação interna parece estar se apagando.
Essa situação nos leva a um dilema comum, mas fundamental: a crença de que é possível motivar alguém de fora para dentro. A verdade é que a motivação é intrínseca; ela surge de dentro de cada indivíduo. O que muitos líderes enfrentam é a árdua tarefa de tentar “inspirar” motivação, enquanto os colaboradores, por sua vez, se veem perdidos, sem saber como reacender essa chama interna.
Então, o que um líder pode fazer diante desse cenário? A resposta não está em tentar inserir motivação externa, mas em criar um ambiente onde cada colaborador se sinta visto como único.
Um líder humanizado pode identificar as necessidades e interesses individuais, promovendo um clima agradável e de respeito mútuo.
É nesse ambiente que a motivação intrínseca pode florescer, pois cada indivíduo se sente parte de algo maior, valorizado e compreendido.
Dicas práticas para líderes incluírem essa abordagem:
- Conheça sua equipe: Realize conversas individuais para entender os interesses, aspirações e desafios pessoais de cada colaborador.
- Estabeleça um clima de confiança: Promova um ambiente onde os erros sejam vistos como oportunidades de aprendizado, e não como falhas inaceitáveis.
- Equilíbrio entre resultado e bem-estar: Defina metas claras, mas também celebre pequenas conquistas e avanços individuais, mostrando que o progresso é valorizado.
- Ofereça feedback construtivo: Forneça retornos frequentes e orientados;
- Desenvolva a autoliderança: Incentive a equipe a buscar autoconhecimento e autorreflexão, ajudando cada um a identificar o que os motiva de verdade.
Entretanto, o líder também enfrenta o desafio de equilibrar o foco em resultados com o foco em pessoas. Muitas vezes, a pressão por metas faz com que a atenção aos indivíduos fique em segundo plano, o que acaba por minar o potencial de motivação autêntica nas equipes. Além disso, o pior dos cenários é quando o próprio líder está desmotivado, pois um líder desmotivado não consegue entusiasmar ou inspirar sua equipe. Esse é um desafio duplo: o líder precisa encontrar sua própria fonte de motivação para poder ser um verdadeiro agente de mudança.
Para que um líder encontre sua própria fonte de motivação, é essencial que ele invista em autoconhecimento e autocuidado
Priorizar momentos de reflexão, buscar mentoria ou coaching, e estabelecer objetivos pessoais alinhados com seus valores ajudam a manter a chama acesa. Além disso, a conexão com a equipe e a celebração de pequenas conquistas diárias são fontes poderosas de renovação de energia e propósito.
Ao final, a verdadeira liderança é aquela que valoriza o ser humano por trás do profissional, incentivando cada um a descobrir sua própria fonte de motivação. Assim, criamos ambientes onde todos crescem juntos, com mais significado, engajamento e resultados sustentáveis.
Profa. Dra. Fátima Motta, Sócia-Diretora da FM Consultores. É uma das colunistas do RH Pra Você. O conteúdo dessa coluna representa a opinião do colunista. Foto: Divulgação.
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