Vamos ser sinceros: ninguém gosta de falhar. O fracasso traz a incômoda sensação de tempo desperdiçado, fere o ego e nos força a revisitar, repetidas vezes, onde erramos – um processo que pode ser chato e doloroso. No entanto, é justamente essa análise dos erros que torna o fracasso essencial. Ao olhar para minha trajetória profissional, percebo que os momentos de maior transformação vieram justamente das derrotas. O que muitos não entendem é que o sucesso não é o oposto do fracasso, mas sim o resultado da soma de aprendizados que ele proporciona.

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Thomas Edison compreendeu isso melhor do que ninguém já em 1879. Quando questionado sobre suas inúmeras tentativas frustradas de criar a lâmpada elétrica, respondeu: “Eu não falhei. Apenas descobri 10 mil maneiras que não funcionam.” Ele enxergava o que muitos ignoram: cada erro carrega uma lição, e é a partir deles que a inovação acontece.

O mito do sucesso e o poder do fracasso

Diferentemente dos anos 70, vivemos em uma era em que as redes sociais romantizam o sucesso. São fotos de conquistas, troféus, viagens dos sonhos, empresas milionárias. Mas o que raramente aparece nos feeds são as noites sem dormir, os negócios que deram errado, as dúvidas que corroem.

O problema? Criamos a falsa expectativa de que o sucesso é linear, como se houvesse um caminho direto do ponto A ao ponto B, sem tropeços. E aí, quando as quedas acontecem – e elas sempre acontecem – muitos desistem, achando que não são capazes.

Só que aqui vai o balde de água fria: se você não está falhando, você não está tentando o suficiente. O fracasso não é um inimigo, mas uma ferramenta de crescimento.

Aprendi isso ainda jovem, praticando esportes. Cada derrota em um jogo de tênis ou em uma competição de natação não era motivo para culpar o adversário, mas uma oportunidade para me perguntar: “O que posso fazer diferente da próxima vez para vencer?“. Nos negócios, não foi diferente. Já tomei decisões que custaram caro, literalmente. Mas, olhando para trás, percebo que foi aprendendo com esses erros que me tornei mais estratégico.

Fracassar ensina lições que o sucesso não pode. Ele expõe nossos pontos cegos, revela nossas vulnerabilidades e nos obriga a repensar estratégias. É uma escola dura, mas indispensável para quem quer ir além do status quo.

Os fracassos moldam gigantes

Se você olhar para qualquer grande líder ou empresa, verá um padrão: fracassos que pavimentaram o caminho para o sucesso.

● Steve Jobs foi demitido da própria empresa antes de voltar e transformá-la na gigante que conhecemos.

● J.K. Rowling recebeu dezenas de rejeições antes de publicar Harry Potter.

● Michael Jordan, considerado o maior jogador de basquete de todos os tempos, não entrou para o time de sua escola na primeira tentativa.

O que todos eles têm em comum? Aprenderam com os erros e não deixaram o momento de queda definir suas carreiras.

Como você enxergará o fracasso?

A diferença entre quem cresce e quem estagna está na maneira como enfrentamos os erros. Podemos escolher nos vitimizar ou enxergá-los como feedbacks para o nosso crescimento.

Minha provocação para você é: quando foi a última vez que você fracassou? E, mais importante, o que aprendeu com isso?

Se a resposta for “não sei” ou “faz tempo”, talvez seja hora de se arriscar mais. Porque o verdadeiro fracasso não é errar; é não tentar.

sucesso_foto do autor

Por Bruno Corano é empresário, investidor, economista formado pela UPENN – Universidade da Pennsylvania, sócio controlador da Corano Capital NYC, maior gestora privada brasileira nos EUA.

 

 



🎧 No episódio 168 do RHPraVocê Cast, mergulhamos na discussão sobre a presença dos sentimentos emocionais no ambiente corporativo. Por que esse tema é tão espinhoso? E como as emoções afetam o engajamento, a produtividade e as finanças das empresas?

O Desafio de Abordar Emoções no Trabalho

Falar sobre os sentimentos emocionais no escritório é como navegar por um território delicado. Afinal, a felicidade, a tristeza e outras emoções permeiam cada aspecto da jornada profissional. Mas como lidar com elas de forma construtiva?

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Nossa conversa destaca o papel crucial dos líderes e do departamento de Recursos Humanos. Certamente, eles têm a responsabilidade de criar um ambiente onde as emoções sejam reconhecidas, compreendidas e gerenciadas. Afinal, emoções impactam diretamente o desempenho e o bem-estar dos colaboradores.

Entrevista com Especialistas

Neste episódio, convidamos duas especialistas da Coppead/UFRJ: Paula Chimenti, Professora e Coordenadora do Centro de Estudos em Estratégia e Inovação, e Fernanda Souza, doutoranda e pesquisadora. Assim elas compartilham insights valiosos sobre como abordar o tema dos sentimentos emocionais nas organizações.

Confira o episódio completo. Em suma, descubra como a gestão dos sentimentos emocionais pode ser um diferencial competitivo para as empresas!

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