As Flores de Plástico não morrem

Está parte, da música dos Titãs, me remete a uma analogia com a Inteligência Artificial, hoje muito comentada e festejada.

As flores de plástico não morrem porque não tem vida. E, por isso, não precisam de cuidados.

A inteligência artificial também não existe! É, apenas, a sistematização dos dados da INTELIGÊNCIA HUMANA. 


A IA tem o potencial de ajudar os seres humanos em áreas como: Automatização de tarefas repetitivas / Análise de dados em tempo recorde / Identificação de padrões / Pesquisa de dados e informações gerais e outras possibilidades. É importante lembrar que a IA é uma ferramenta e, como tal, seu valor depende da forma como é usada pelos seres humanos. Este texto foi obtido diretamente do ChatGPT.


As vantagens na sistematização

Lógico, há muitas vantagens nessa sistematização, nos propiciando acesso a várias origens do conhecimento humano, que não iriamos conseguir completar e analisar sem o auxílio da compilação dos dados.

Inteligencia artificial

Mas essa sistematização não é criação e não é a inteligência natural, é a conciliação e correlação dos dados humanos, com tratamento de algoritmos de análise para posicionar alternativas e resultados

Tudo bem, não é pouco, e será uma revolução no tratamento de dados e na aplicação em diversas formas de atendimento às necessidades humanas.

Computador e o jogo de xadrez

Veja um exemplo clássico do potencial da sistematização que a ciência da computação nos permite. Saiba que um computador de última geração será imbatível no jogo de xadrez. Por exemplo, ele consegue acessar, instantaneamente, as mais de 300 bilhões de maneiras possíveis de se fazer os quatro primeiros movimentos do jogo. Evidentemente depois disso as variações são quase ilimitadas. 

Mas, há uma expressão conhecida que define a limitação de qualquer sistematização do conhecimento, como, por exemplo, a inteligência artificial. É o “GUT FEELING”, que pode ser traduzida como “pressentimento”, “intuição”, ou seja, uma “sensação no estomago”, que não é fruto de um raciocínio, mas de uma percepção. 

Reforçamos que também há uma limitação clássica no tratamento de questões éticas, que envolve valores e posicionamentos pessoais. Entendemos que o desenvolvimento está em fase muito inicial e esperamos que sua continuidade permita administrar o equilíbrio entre a informação e a posição moral. 

Posição moral para sistemas?

Pois é, a tecnologia se auto alimenta, tornando seu ritmo de desenvolvimento extremamente rápido na área do conhecimento técnico científico que é um dos fatores da evolução da espécie.

O outro fator, muito mais importante, refere-se ao desenvolvimento do senso moral, base das características da espécie humana e que me parece que será restrito a esses, os humanos, pelo menos em principio. O problema é que a evolução moral na espécie é muito, muito, muito, muito, lenta. 

Mas, também com base nesse raciocínio precisamos rever o verdadeiro sentido da comunicação. Citando Humberto Maturana (famoso biólogo chileno): “Ao contrário das máquinas, cujas funções de controle são inseridas por projetistas humanos, os organismos governam a si próprios. Os seres vivos mantêm sua forma mediante o contínuo intercâmbio e fluxo de componentes químicos”.

Teoria autopoiesis?

Com fundamentação na sua teoria da “autopoiesis”, reforçando que as soluções das necessidades são criadas pelo próprio corpo humano.

E Maturana ainda complementa: “A linguagem não é um sistema de comunicação ou transmissão de informações, mas um sistema de coexistência na coordenação de desejos e sentimentos e ações”.

Em suma, comunicação não se trata, simplesmente, de passagem de informações.

Comunicação é uma ação da área de Relações Humanas e, como tal, precisa ser tratada como uma forma sofisticada de relacionamento. É uma ação de reciprocidade, de troca, de entendimento com desprendimento. Comunicação subtende pessoalidade, isto é, uma interação entre pessoas

Por isso não basta falar, sem se fazer compreender o objetivo. Por isso reiteramos a inadequação do feedback por escrito e a utilização de todos os avanços tecnológicos sem uma preocupação humana.

Permita o olhar, a troca de percepções, de sentimentos, de energias. É um ato humano e, como tal, exige esse componente. Dá para fazer só com a tecnologia. Sim, mas não poderíamos chamar de humana. 

Temos que aproveitar todos os recursos que as tecnologias nos dispõem. Mas precisamos utiliza-la com a nossa inteligência. 

Inteligência Artificial_foto do autor

Por Bernardo LeiteConsultor Organizacional, longa experiência executiva em nível gerencial e diretivo. Psicólogo especializado em Comportamento Organizacional. Atua em consultoria desde 1980, e possui robusta participação no mercado com palestras, artigos, pesquisas e estudos sobre comportamento organizacional e gestão. Palestrante, escritor, coaching personalizado para executivos. Um dos maiores especialistas em Avaliação de Desempenho, em todos os segmentos, incluindo Empresas Públicas.


🎧 Inteligência Artificial (IA): Deve Mesmo Preocupar-nos?

No episódio 158 do RH Pra Você Cast, intitulado “IA: a preocupação deve mesmo existir?”, discutimos um tema que tem gerado debates acalorados: o desenvolvimento das inteligências artificiais. Em março de 2023, veio a público a informação de que cerca de 2.600 líderes e pesquisadores do setor de tecnologia assinaram uma carta aberta solicitando uma pausa temporária nesse desenvolvimento. O argumento central é que as IAs podem representar um “risco para a sociedade e a humanidade”. Surpreendentemente, até Elon Musk, um dos maiores entusiastas da tecnologia, também assinou o documento.

Visões Contrastantes: Otimismo vs. Preocupação

Jhonata Emerick, CEO da Datarisk, diverge desse movimento de cautela em relação às IAs. Para o doutor em Inteligência Artificial, a evolução dessas tecnologias é tão natural quanto o crescimento que elas podem impulsionar. Acima de tudo, ele argumenta que, ao longo da história, a humanidade sempre enfrentou mudanças disruptivas, e a IA não é exceção. A questão, portanto, é como nos adaptamos e aproveitamos essas transformações.

Legitimidade das Preocupações

Mas será que as preocupações em torno das IAs são legítimas? A perda de empregos é frequentemente apontada como um risco iminente. No entanto, também devemos considerar os benefícios potenciais: automação de tarefas repetitivas, diagnósticos médicos mais precisos, otimização de processos industriais e muito mais. Em suma, ainda há muito a aprender sobre o impacto real das IAs em nossas vidas.

O Desconhecido e o Potencial Inexplorado

Por fim, o que as IAs podem fazer por nós que ainda não compreendemos totalmente? Talvez estejamos apenas arranhando a superfície de suas capacidades. Desse modo, à medida que avançamos, é crucial manter um olhar crítico e otimista, buscando equilibrar os riscos com as oportunidades.

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