O poder do head na operação: (re)assumindo o recrutamento
Na jornada como Head, é comum que a rotina se concentre em temas estratégicos: acompanhamento de resultados, cultura, gestão e condução do time — tudo com uma visão sistêmica do negócio. Entretanto, o retorno ao recrutamento nas últimas semanas trouxe um novo olhar sobre os desafios da área. Afinal, assumir o papel de head na operação também significa equilibrar os aspectos estratégicos e operacionais para potencializar os resultados da equipe.
Entre reuniões de planejamento, gestão de equipe, análise de indicadores e construções colaborativas com meus pares, assumi novamente — e de forma concomitante com as responsabilidades da cadeira de liderança da área — o papel de recrutadora. Nos últimos 15 dias, foram mais de 110 horas dedicadas ao fechamento de nove posições, além da gestão ativa de um total de 13 vagas junto às lideranças.
E por que isso importa?
Porque me lembrou, na prática, que liderar também é colocar a mão na massa. Como bem diz Simon Sinek: “Liderança não é a licença para fazer menos; é a responsabilidade de fazer mais!”. Especialmente quando esse “fazer” impacta diretamente o andamento dos negócios. Acolhi essa atribuição com coragem — e com a lente da oportunidade de:
- Manter o olhar atento a cada detalhe da jornada da pessoa candidata;
- Escutar ativamente as lideranças no alinhamento de perfil e na condução dos processos – com a possibilidade de compreender demais campos de atuação na área de Desenvolvimento Humano e Organizacional;
- Reforçar o quanto a comunicação transparente, humanizada e ágil faz diferença;
- E, principalmente, lembrar que uma contratação transforma uma equipe inteira.
O processo de recrutamento é a porta de entrada de uma nova pessoa na organização. Ela passará a integrar nossas entregas, nossos valores e nossos resultados. É preciso um olhar treinado e sensível para identificar aderência à cultura, aos princípios da organização e aos requisitos técnicos — tudo isso enquanto lidamos com sonhos, expectativas e histórias reais.
Recrutamento: transformando talentos em resultados
Esse caminho foi enriquecedor e, ao mesmo tempo, desafiador. Não estou aqui para romantizar: a jornada não foi nada fácil.
Foram semanas de exigências intensas, principalmente por ter que conciliar essa entrega com demandas de gestão. Essa situação exigiu maior foco e intenção em cada interação.
Durante esse período, ocupei cada espaço entre triagens, agendamentos e conversas com as pessoas candidatas. No total, foram mais de 20 agendas para entrevistas de fit cultural e/ou análise técnica junto à gestão.
Quando há propósito, tudo se torna mais significativo. Afinal, atrair os talentos certos é — e sempre será — uma das decisões mais estratégicas de qualquer organização.
Mais do que preencher vagas, o recrutamento exige escuta ativa, sensibilidade e atenção aos comportamentos e detalhes que emergem em longas horas de conversas com perfis diversos. É nesse momento de seleção que vamos oportunizar às áreas a contratação de pessoas conectadas à nossa cultura, dispostas a serem mais um agente de transformação de vidas e com a energia necessária para impulsionar os nossos resultados.
O resultado dessa jornada?
Compreender o quanto somos resilientes e fortes é fundamental para enfrentar desafios. Mesmo em meio à “tempestade”, sempre existem motivos para celebrar e reconhecer nossas forças.
Ademais, é importante aprimorar nossos pontos de melhoria continuamente, buscando evoluir em todas as áreas da vida. Durante esta imersão, as demais atividades continuaram acontecendo normalmente.
Por exemplo, conduzi a repactuação de um acordo coletivo, mantendo o foco em negociações eficazes. Também elaborei, junto à gestão, análises sobre a estrutura dos times e propus mudanças significativas ao negócio.
Além disso, atualizei descrições de cargo para alinhar posições e responsabilidades à realidade da organização. Por fim, mantive minhas relações na medida do possível, já que considero isso essencial para o meu dia a dia.
Se você é líder e, vez ou outra, precisa vestir um chapéu que já foi seu no passado, abrace isso com coragem. Às vezes, é voltando ao passado que avançamos ainda mais.
Por Pábola Sarmento de Oliveira, Head de Pessoas e líder da equipe de Desenvolvimento Humano e Organizacional (DHO) da Fundacred.
🎧 Ouça o episódio 162 do podcast RH Pra Você Cast:
“Como superar processos seletivos longos?”
Quem aí nunca enfrentou um processo seletivo que parecia interminável? Isto é, você sai de um teste, vai para outro, passa pela entrevista em vídeo, o tempo continua passando, a vaga não informa quantas etapas ainda faltam. Em resumo, a jornada, marcada pela incerteza e pela longitude, se torna um verdadeiro incômodo.
Quem dera tivesse uma fórmula mágica para passar por tudo isso com mais facilidade, não é mesmo?
A Realidade dos Processos Seletivos
Fato é que, seja curto ou longo, todo processo seletivo pode ser superado pelos candidatos mais preparados. Assim, o que deve ser feito é o que nos revela Ticyana Arnaud, Estrategista de Recolocação Profissional e Gestão de Carreira. Portanto, nesse episódio do RH Pra Você Cast, ela conta todos os segredos para que os candidatos não apenas vençam seleções longas, como também sejam mais competitivos nas vagas em que se inscrevem.
Dicas para Superar Processos Seletivos
Confira as dicas de Ticyana Arnaud para superar processos seletivos longos e se destacar na Seleção de Talentos:
- Preparação é Fundamental: Estude a empresa e a vaga para estar bem preparado.
- Mantenha a Calma: A ansiedade pode atrapalhar seu desempenho.
- Seja Resiliente: Não desista diante de um processo seletivo longo.
- Demonstre Suas Competências: Mostre como suas habilidades se alinham com a vaga.
Ouça o episódio completo para mais insights e prepare-se para enfrentar qualquer processo seletivo com confiança. Afinal, a preparação e a resiliência são chaves para o sucesso na Seleção de Talentos.
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