Diversidade no Trabalho: A Urgência de um Olhar Empático

(inspirado na Jornada de Cora Coralina pelo olhar da sua bisneta)

No contexto dinâmico e multifacetado do ambiente de trabalho contemporâneo, marcado pela diversidade no trabalho, a sabedoria da poetisa goiana, que tenho o orgulho de ser bisneta, ressoa com uma urgência particular: a necessidade premente de um olhar empático em face dessa crescente diversidade.

Eu sou aquela mulher que fez a escalada da montanha da vida, removendo pedras e plantando flores.

Os versos singelos e profundos da minha bisavó Cora Coralina ecoam através do tempo, carregando consigo a força da resiliência e a beleza da transformação. Por isso, eles destacam a importância de um olhar que transcende as dificuldades e cultiva o potencial. Essas palavras, que refletem sua essência, continuam a inspirar diferentes gerações em suas jornadas pessoais e profissionais.

Assim como a jornada da vida descrita por Cora Coralina é pontuada por obstáculos (“pedras“) e pela persistente ação de construir algo belo (“plantando flores“), o ambiente profissional moderno é um terreno onde diferentes histórias, origens, perspectivas e identidades se encontram.

Empatia: o pilar da diversidade no trabalho

Essa diversidade, quando acolhida e compreendida com empatia pela organização, pode ser a semente para um crescimento exponencial, inovação e um clima organizacional saudável e produtivo. Contudo, a ausência desse olhar empático pode transformar o potencial em atrito, a colaboração em competição e a riqueza da diferença em barreiras invisíveis.

A empatia, a capacidade de se colocar no lugar do outro, de compreender seus sentimentos e perspectivas, é a argamassa que une os tijolos da diversidade. Em um ambiente de trabalho onde indivíduos de diferentes raças, etnias, gêneros, orientações sexuais, idades, habilidades e experiências coexistem, a empatia se torna a ferramenta essencial para desconstruir preconceitos, superar estereótipos e fomentar a inclusão genuína.

Quando um líder ou colega de trabalho busca compreender as nuances da experiência de um profissional neurodivergente, cria-se um ambiente mais receptivo. Além disso, ao considerar as dificuldades enfrentadas por uma mãe que equilibra carreira e maternidade, reforça-se a empatia no ambiente de trabalho. Por outro lado, entender os desafios de um colaborador de grupos minorizados promove inclusão. Finalmente, reconhecer as diferentes formas de comunicação de gerações distintas torna o terreno mais fértil para o respeito mútuo e a colaboração eficaz.

As “pedras” mencionadas por Cora Coralina, que podem se manifestar como microagressões, exclusão ou falta de oportunidades, começam a ser removidas quando a empatia ilumina as necessidades e os desafios de cada indivíduo.

Ao invés de julgamentos apressados ou expectativas uniformes, o olhar empático permite reconhecer que cada profissional traz consigo uma bagagem única de talentos e perspectivas. Dessa maneira, valoriza-se o seu próprio repertório, como bem destaca Gabriel Chalita.

Empatia: cultivando diversidade e inclusão no trabalho

Assim como Cora Coralina plantava flores em meio às pedras, a empatia no trabalho cultiva o potencial individual. Consequentemente, ela permite que cada pessoa floresça em sua plenitude. Por sua vez, isso se traduz em equipes mais criativas e em soluções mais inovadoras. Além disso, a segurança psicológica cria um ambiente onde todos se sentem à vontade para expressar suas ideias e contribuir com o seu melhor.

A implementação de uma cultura de empatia no ambiente de trabalho não é uma tarefa simples. Requer um esforço consciente e contínuo por parte de todos os envolvidos. Envolve a promoção de treinamentos sobre diversidade e inclusão, além do incentivo à escuta ativa. Adicionalmente, inclui a criação de espaços seguros para o diálogo aberto e honesto e, acima de tudo, a modelagem de comportamentos empáticos pela liderança.

Assim como a escalada da montanha da vida exige perseverança e sensibilidade, é necessário encontrar os espaços onde as flores podem brotar. De forma similar, a construção de um ambiente de trabalho verdadeiramente inclusivo e produtivo exige dedicação. Nesse sentido, é fundamental assumir um compromisso constante com a empatia.

Ao adotarmos o espírito da poesia de Cora Coralina, removendo as “pedras” da intolerância e cultivando as “flores” da compreensão e do respeito, podemos transformar a diversidade. Dessa forma, ela deixa de ser apenas um ideal a ser alcançado para se tornar uma realidade vibrante que enriquece a todos e impulsiona o sucesso coletivo.

A jornada é árdua, mas a beleza do jardim que podemos construir juntos é inestimável.

Diversidade no Trabalho_foto da autora

Por Gisela Belluzzo de A Salles, Fundadora e Idealizadora da empresa SPECTARE – cultivando ambientes saudáveis | Compliance Trabalhista | Palestrante | Advogado Trabalhista Empresarial |Combate à Discriminação, Assédio Moral e Sexual nas empresas.

 



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“Os desafios – e as recompensas – do empreendedorismo feminino”.
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Para Juliana Queissada, CEO da Queissada Comunicação e colunista do RH Pra Você, o sucesso começa com um ponto fundamental: saber o que quer.

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Juliana destaca que a comunicação é crucial para o sucesso empresarial. Contudo, muitas empresas enfrentam dificuldades nessa área, tornando-a um desafio significativo.

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