“Mais importante do que comunicar é ser compreendido.” A frase de Peter Drucker, considerado o pai da administração moderna, traduz com precisão um dos principais desafios da liderança no mundo globalizado: a comunicação eficaz.
No ambiente corporativo contemporâneo, comunicar deixou de ser apenas uma ferramenta de transmissão de informações para se tornar um elemento central da estratégia de negócios — especialmente quando o objetivo é expandir fronteiras e atuar em contextos multiculturais.
Desafio da comunicação bilíngue na internacionalização corporativa
Para executivos, a comunicação exige mais do que fluência técnica ou domínio de um segundo idioma. Ela demanda clareza, empatia, habilidade para gerir conflitos e, sobretudo, sensibilidade para adaptar mensagens a diferentes públicos e culturas, sem perder a autenticidade.
À medida que as empresas brasileiras intensificam sua presença no exterior — e o Brasil se consolida como destino relevante para investimentos internacionais —, torna-se cada vez mais evidente que o sucesso das relações globais depende diretamente da capacidade de seus líderes de comunicar com precisão e propósito.
Conforme expandem suas operações para novos mercados, a comunicação bilíngue torna-se um dos principais desafios. De acordo com uma pesquisa da Fundação Dom Cabral (FDC), 46,7% das empresas brasileiras com presença internacional mantêm sua comunicação em dois ou mais idiomas.
No entanto, apenas 11,8% afirmam que a maioria de seus profissionais se comunica de forma eficaz em inglês ou em outros idiomas essenciais para a internacionalização. Isso evidencia que, apesar do domínio de uma segunda língua, muitos executivos ainda enfrentam dificuldades para transmitir suas mensagens de forma convincente em um idioma diferente do nativo.
A comunicação e a internacionalização como pilares estratégicos
A comunicação eficaz não se limita à tradução de palavras. Por isso, ela envolve a adaptação do discurso às diferentes conotações culturais, semânticas e gestuais de cada país. De modo semelhante, essa complexidade demanda sensibilidade dos líderes para compreender as particularidades culturais.
Com isso, é possível respeitar essas diferenças e evitar ruídos na comunicação. Por fim, essa abordagem contribui para preservar relacionamentos comerciais e promover interações mais estratégicas.
O Brasil tem se destacado como um polo atrativo para empresas internacionais. Além disso, setores como petróleo, gás e energia elétrica têm liderado esse movimento. Como resultado, houve um aumento na concessão de vistos de trabalho para estrangeiros. Em 2023, o país registrou o maior número de vistos desde 2015, com cerca de 37,3 mil autorizações. Isso reflete, assim, a crescente integração do Brasil ao mercado global.
Paralelamente, a internacionalização das empresas brasileiras também tem mostrado grande força. A mesma pesquisa da FDC revelou que 64,4% das empresas brasileiras com operações no exterior planejam expandir sua presença nos países onde já atuam, e 68,9% desejam explorar novos mercados internacionais.
Preparação para a comunicação bilíngue e cultural corporativa
Essa movimentação reforça a necessidade de os executivos brasileiros estarem preparados para enfrentar os desafios da comunicação bilíngue e das diferenças culturais.
Em um ambiente cada vez mais globalizado, a comunicação bilíngue deixou de ser um diferencial para se tornar uma necessidade estratégica. Para que as empresas prosperem nos mercados internacionais, seus executivos precisam não apenas dominar o idioma, mas também compreender e respeitar a diversidade cultural que compõe esses mercados.
Investir em capacitação e programas de comunicação multilíngue para líderes corporativos não é apenas uma escolha inteligente. Além disso, é uma medida essencial para organizações se destacarem. Por consequência, elas podem liderar com eficácia e prosperar no competitivo cenário global. Dessa maneira, os líderes estarão preparados para superar barreiras linguísticas e culturais. Assim, eles se tornarão agentes estratégicos na construção de um futuro de sucesso internacional.
Por Sonia Salama, fonoaudióloga e diretora-executiva da Clínica Potencial. É fonoaudióloga bilingue (português – inglês) com habilitação pelo método Hanen (Canadá). É consultora de famílias bilíngues e multilíngues. Sonia é uma das poucas profissionais brasileiras que têm a honra de ser membro internacional da American Speech Language Hearing Association (ASHA) e da Associação Internacional de Dislexia (IDA).
🎧Construindo Sua Marca Pessoal: Estratégias e Impacto das Redes Sociais
Ouça o episódio 148 do Podcast RH Pra Você Cast, “Personal branding: o que é e como gerenciar sua marca pessoal?”
Se você já se perguntou o que significa “personal branding” ou como gerenciar sua própria marca pessoal no ambiente corporativo, este é o episódio para você. Como resultado, no RH Pra Você Cast, mergulhamos no universo do branding pessoal e exploramos como profissionais podem construir uma identidade forte e impactante.
O Que É Personal Branding?
O termo “personal branding” refere-se à gestão consciente da sua imagem e reputação como profissional. Sobretudo é mais do que apenas ter um currículo bem escrito; envolve estratégia, tática e ações deliberadas para criar uma marca pessoal autêntica e memorável.
Estratégias para Construir Sua Marca Pessoal
- Autoconhecimento e Propósito: Antes de tudo, é essencial entender quem você é, quais são seus valores e qual é a sua paixão. Inegavelmente essa clareza ajudará a moldar sua marca pessoal de maneira genuína.
- Defina Seu Nicho: Em um mundo competitivo, ser especialista em algo é valioso. Em suma, identifique seu nicho e concentre-se em desenvolver expertise nessa área.
- Comunique-se com Clareza: Use uma linguagem simples e direta para transmitir sua mensagem. Portanto, seja consistente em todas as suas interações, desde o seu perfil no LinkedIn até suas conversas no dia a dia.
- Redes Sociais e Presença Online: As redes sociais desempenham um papel crucial no personal branding. Assim, escolha as plataformas relevantes para o seu setor e compartilhe conteúdo relevante e autêntico.
O Papel das Empresas
As empresas podem ser aliadas na construção da sua marca pessoal. Certamente elas podem oferecer treinamentos, mentorias e oportunidades para desenvolver habilidades específicas. Além disso, um ambiente de trabalho positivo e inclusivo contribui para a sua reputação.
Redes Sociais: Amigas ou Inimigas?
As redes sociais têm um peso significativo no posicionamento da sua marca pessoal. Portanto, use-as a seu favor: compartilhe insights, participe de discussões relevantes e mostre seu lado humano. Mas lembre-se de manter um equilíbrio saudável e evitar excessos.
Em resumo, construir sua marca pessoal é um investimento contínuo. Seja autêntico, estratégico e ativo nas redes sociais. E, claro, não deixe de ouvir o episódio 148 do RH Pra Você Cast para mais dicas e inspiração!
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