Empresas ignoram a cultura organizacional e comprometem resultados
Em um mercado cada vez mais competitivo, empresas que negligenciam a cultura organizacional perdem não apenas talentos, mas também produtividade e resultados.
Segundo a Harvard Business Review, negócios com uma cultura bem estruturada podem ser até 30% mais produtivos. Mesmo assim, muitas organizações insistem em tratar esse tema como algo intangível, limitado a frases motivacionais em quadros na parede ou discursos vazios em reuniões. A cultura, no entanto, é um ativo estratégico que deveria orientar todas as decisões e ações dentro de uma empresa.
Cultura organizacional: da coerência no discurso à prática no dia a dia
O principal erro cometido é acreditar que a cultura nasce de slogans ou workshops isolados, quando na verdade ela deve ser construída no dia a dia, em cada atitude da liderança e em cada processo da empresa.
A incoerência entre o discurso e a prática é uma das maiores causas de desmotivação entre os colaboradores. De acordo com a Gallup, companhias com cultura forte apresentam 21% menos rotatividade, um dado que reforça a conexão direta entre cultura real e retenção de talentos. Quando o ambiente organizacional não condiz com os valores anunciados, a empresa perde credibilidade internamente e, em muitos casos, também no mercado.
A solução não está em manuais ou fórmulas prontas, mas em ações intencionais, consistentes e alinhadas com os valores reais da organização. Líderes devem ser os primeiros a viver os princípios que pregam, tornando-se referências para suas equipes.
Transparência e coerência como alicerces
Além disso, é essencial manter uma comunicação transparente, investir na integração de novos colaboradores e medir continuamente o clima organizacional. Ferramentas que possibilitam esse acompanhamento, aliadas a uma escuta ativa, permitem ajustes constantes e aumentam o senso de pertencimento.
Cultura não se decreta, se constrói. E essa construção exige coragem, intenção e prática. O futuro das empresas será definido não apenas pela inovação de seus produtos ou serviços, mas pela coerência entre o que dizem e o que vivem.
A pergunta que fica é: sua empresa vive a cultura que diz ter ou está apenas interpretando um papel? A resposta, mais do que uma reflexão, deve guiar as decisões estratégicas de quem quer construir um negócio sólido e duradouro.
Por Marcela Zaidem, especialista em cultura organizacional. Formada em Psicologia e pós-graduação em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral (FDC). Desenvolveu e fortaleceu culturas em empresas como Disney, FOX Sports, Cosan Lubrificantes e Thyssenkrupp. Ajuda líderes e colaboradores a construírem um ambiente de trabalho que reflete valores autênticos, alinhado aos objetivos estratégicos, impulsionando resultados sustentáveis e criando um ambiente de inovação contínua.
🎧 Ouça o Episódio 180 do Podcast RH Pra Você Cast: A cada ano que passa, mais voltamos para o “velho normal”?
No episódio mergulhamos nas tendências que moldam o mundo do trabalho neste ano. Enquanto alguns colaboradores resistem a abandonar o trabalho híbrido ou o home office, muitas organizações anseiam pelo retorno ao “velho normal” – a jornada 100% presencial. Mas será que o “novo normal” está perdendo força?
O Debate: “Velho Normal” versus “Novo Normal”
- Trabalho Híbrido e Home Office: A resistência persiste. Com efeito, alguns colaboradores adoram a flexibilidade do trabalho remoto, enquanto outros anseiam pelo ambiente do escritório. Então, como equilibrar essas preferências?
- Organizações e a Busca pelo Equilíbrio: As empresas estão reavaliando suas estratégias. Mas, o que é mais eficiente? Em seguida, o retorno total ao escritório ou uma abordagem híbrida? Como resultado, Luciana Carvalho, CEO e Fundadora da Chiefs.Group, compartilha insights valiosos.
- Alertas para Gestores: Além das questões de formato de trabalho, Luciana destaca outros desafios que os gestores enfrentam. Em suma, como manter a produtividade, a saúde mental e a conexão entre equipes?
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