Recentemente, a Sodexo realizou uma pesquisa global denominada “A experiência da vida no trabalho”, com o objetivo de reunir informações e analisar o bem-estar físico e mental dos colaboradores em seis países. O estudo abrangeu mais de 5 mil profissionais de diferentes setores em diversas companhias, e revelou que 27% dos entrevistados classificaram seu bem-estar mental como “razoável” ou “ruim”. Destes, 80% percebem que o trabalho impacta diretamente na qualidade de vida, sendo o principal motivo do estresse para 39% dos respondentes.

Outro estudo, desenvolvido pela Infojobs, mostrou que, embora 99% dos gestores reconheçam a importância de implementar práticas voltadas à saúde mental, apenas 34% desenvolvem tais ações.

Certamente, estes dados refletem a importância de desmistificar os estigmas e tabus que cercam o tema. Muitos colaboradores hesitam em abordar o assunto, temendo julgamentos ou a possibilidade de demissão devido à percepção de vulnerabilidade. Isso cria um ambiente de insegurança psicológica.

Neste contexto, é essencial que as empresas promovam ações em prol da sustentabilidade emocional, adotando práticas que auxiliam a reduzir e manejar o estresse do dia a dia corporativo, de modo a promover o bem-estar mental de forma duradoura.

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Além de atentar-se ao perfil dos colaboradores e à cultura organizacional, é essencial envolver as lideranças e o setor de recursos humanos para que as ações de promoção de saúde mental façam sentido e possam trazer bons resultados.

O agravamento de problemas de saúde mental pode levar a consequências severas, como diminuição da produtividade, absenteísmo, presenteísmo e alta rotatividade de pessoal. O mapeamento periódico é uma ferramenta eficaz na gestão da saúde mental no ambiente de trabalho, podendo apontar para tendências no tema.

Com o objetivo de avaliar indicadores de bem-estar psicológico, o mapeamento identifica potenciais áreas vulneráveis a serem abordadas na organização. É importante que estejamos atentos aos sinais de sofrimento mental das pessoas, seja em conversas, exames periódicos ou pesquisas de clima organizacional. Prevenir é sempre o melhor caminho.

O olhar para a saúde mental no ambiente de trabalho implica também em cuidar de quem cuida – o setor de Recursos Humanos e as lideranças. Há necessidade de treinar líderes, capacitando-os a identificar, acolher e orientar suas equipes de maneira efetiva, sem imprimir neles a responsabilidade do cuidado em si.

E apoiar o RH significa também ofertar ferramentas para descompressão de um time que, em geral, segura o primeiro impacto de casos delicados. Envolver toda a equipe nas ações de saúde mental pode transcender a simples conscientização, alcançando resultados tangíveis e mensuráveis, contribuindo significativamente para a melhoria do ambiente de trabalho.

A busca pela sustentabilidade emocional no trabalho

Por Dr. Arthur Guerra, psiquiatra.

 

 

Ouça o episódio 176 do podcast RH Pra Você Cast, “O que esperar do bem-estar corporativo para 2024?“. Falar de bem-estar nas empresas envolve diferentes nuances e desafios. Fato é que o tema não pode perder a sua força dentro das organizações, especialmente por conta das “incompatibilidades” ainda existentes, o que pode comprometer a qualidade das estratégias de bem-estar e qualidade de vida desenvolvidas. Para entendermos melhor a dinâmica do que é esperado em relação ao assunto para 2024, convidamos Renato Basso, VP de Pessoas Global do Gympass, que compartilha os principais insigths mapeados no estudo “Panorama do Bem-Estar Corporativo”, que recém lançou sua segunda edição. Confira o papo clicando abaixo:

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Capa: Depositphotos